Uso de Denosumab em Displasia Cemento-Óssea Atípica: Um Relato de Caso e Suas Implicações Clínicas

Uso de Denosumab em Displasia Cemento-Óssea Atípica: Um Relato de Caso e Suas Implicações Clínicas

Apr 9, 2025

Apr 9, 2025

Apr 9, 2025

A displasia cemento-óssea (DCO) é uma lesão radiopaca comum na mandíbula, frequentemente encontrada em mulheres negras de meia-idade. Embora geralmente assintomática e confinada à áreas dentadas, casos raros podem apresentar lesões grandes e destrutivas.

Um estudo recente publicado na BMC Oral Health (Chiang & Huang, 2025) descreve um caso notável de DCO que se estendeu por toda a mandíbula, incluindo os côndilos bilaterais, e foi tratado com Denosumab, um medicamento mais comumente usado para displasias fibrosas.

Contextualização e Relevância

A DCO é frequentemente diagnosticada incidentalmente durante exames radiográficos dentários. A intervenção cirúrgica é geralmente evitada, a menos que a lesão cause complicações significativas. Este caso específico é relevante para a prática odontológica, pois explora uma abordagem terapêutica alternativa para uma condição que, até então, tinha opções de tratamento limitadas.

Apresentação do Caso

Uma mulher de 45 anos apresentou-se com inchaço na mandíbula inferior e secreção purulenta. A imagem panorâmica inicial revelou lesões radiopacas e radiolúcidas difusas. Após o tratamento inicial da infecção com antibióticos e debridamento local, a paciente foi perdida para acompanhamento, retornando dois anos depois com expansão mandibular progressiva. A proposta de mandibulectomia total foi recusada pela paciente, que optou pelo uso off-label de denosumab.

Tratamento com Denosumab

Denosumab, um anticorpo monoclonal humano que inibe a atividade osteoclástica, foi administrado a cada três meses. Após nove meses, observou-se ossificação rápida da lesão osteolítica, embora o volume da lesão permanecesse inalterado. A tomografia computadorizada de emissão de fóton único (SPECT) indicou uma doença estável sem progressão.

Discussão e Conclusão

A DCO, especialmente em sua forma florida, pode ser confundida com outras lesões fibro-ósseas, como o fibroma ossificante. A diferenciação é crucial para o manejo adequado. O uso de Denosumab, embora não convencional para DCO, mostrou-se promissor na mineralização da lesão, oferecendo uma alternativa para pacientes que evitam intervenções cirúrgicas extensas.

Este caso destaca a necessidade de mais pesquisas para entender a patofisiologia da DCO e explorar o potencial do Denosumab como tratamento. A abordagem inovadora pode abrir caminho para novas diretrizes no manejo de lesões fibro-ósseas complexas na prática odontológica.

Referências

CHIANG, Chieh Ling; HUANG, Tzu Huan. Denosumab usage in atypical cemento-osseous dysplasia involving the entire mandible: a case report. BMC Oral Health, 2025.

Este estudo já está incluído em nosso banco de dados, juntamente com bilhões de outras fontes de informações odontológicas. DentisTalk é um sistema de IA especializado em Odontologia, disponível diretamente no WhatsApp e totalmente baseado em evidências científicas. 

A displasia cemento-óssea (DCO) é uma lesão radiopaca comum na mandíbula, frequentemente encontrada em mulheres negras de meia-idade. Embora geralmente assintomática e confinada à áreas dentadas, casos raros podem apresentar lesões grandes e destrutivas.

Um estudo recente publicado na BMC Oral Health (Chiang & Huang, 2025) descreve um caso notável de DCO que se estendeu por toda a mandíbula, incluindo os côndilos bilaterais, e foi tratado com Denosumab, um medicamento mais comumente usado para displasias fibrosas.

Contextualização e Relevância

A DCO é frequentemente diagnosticada incidentalmente durante exames radiográficos dentários. A intervenção cirúrgica é geralmente evitada, a menos que a lesão cause complicações significativas. Este caso específico é relevante para a prática odontológica, pois explora uma abordagem terapêutica alternativa para uma condição que, até então, tinha opções de tratamento limitadas.

Apresentação do Caso

Uma mulher de 45 anos apresentou-se com inchaço na mandíbula inferior e secreção purulenta. A imagem panorâmica inicial revelou lesões radiopacas e radiolúcidas difusas. Após o tratamento inicial da infecção com antibióticos e debridamento local, a paciente foi perdida para acompanhamento, retornando dois anos depois com expansão mandibular progressiva. A proposta de mandibulectomia total foi recusada pela paciente, que optou pelo uso off-label de denosumab.

Tratamento com Denosumab

Denosumab, um anticorpo monoclonal humano que inibe a atividade osteoclástica, foi administrado a cada três meses. Após nove meses, observou-se ossificação rápida da lesão osteolítica, embora o volume da lesão permanecesse inalterado. A tomografia computadorizada de emissão de fóton único (SPECT) indicou uma doença estável sem progressão.

Discussão e Conclusão

A DCO, especialmente em sua forma florida, pode ser confundida com outras lesões fibro-ósseas, como o fibroma ossificante. A diferenciação é crucial para o manejo adequado. O uso de Denosumab, embora não convencional para DCO, mostrou-se promissor na mineralização da lesão, oferecendo uma alternativa para pacientes que evitam intervenções cirúrgicas extensas.

Este caso destaca a necessidade de mais pesquisas para entender a patofisiologia da DCO e explorar o potencial do Denosumab como tratamento. A abordagem inovadora pode abrir caminho para novas diretrizes no manejo de lesões fibro-ósseas complexas na prática odontológica.

Referências

CHIANG, Chieh Ling; HUANG, Tzu Huan. Denosumab usage in atypical cemento-osseous dysplasia involving the entire mandible: a case report. BMC Oral Health, 2025.

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