
A Relação entre Epilepsia e Disfunção da Articulação Temporomandibular
A Relação entre Epilepsia e Disfunção da Articulação Temporomandibular
Apr 3, 2025
Apr 3, 2025
Apr 3, 2025



A disfunção da articulação temporomandibular (DTM) é um termo que abrange alterações musculoesqueléticas na ATM. Segundo a American Academy of Craniomandibular Disorders, a DTM possui uma etiologia multifatorial, com fatores predisponentes, iniciadores e sustentadores desempenhando papéis significativos no seu desenvolvimento.
Recentemente, um estudo clínico conduzido por pesquisadores da Universidade Semmelweis, na Hungria, investigou a prevalência de DTM em pacientes com epilepsia, comparando-os com indivíduos saudáveis.
Contexto e Metodologia
A epilepsia é uma condição neurológica que pode impactar o sistema estomatognático, especialmente durante crises convulsivas, que podem sobrecarregar a dentição e a articulação temporomandibular (ATM). O estudo incluiu 107 participantes diagnosticados com epilepsia e 100 controles saudáveis. Os pacientes com epilepsia foram divididos em subgrupos de acordo com a gravidade da doença e a capacidade de manejo odontológico: leve, moderado e grave. Foram avaliados parâmetros como a abertura máxima da boca, laterotrusão, presença de crepitação e estalido, além do limiar de dor à pressão.
Resultados Principais
Os resultados indicaram que a incidência de queixas relacionadas à ATM não foi significativamente diferente entre o grupo controle (30%) e o grupo com epilepsia (33%). No entanto, o número de queixas foi significativamente maior no grupo com epilepsia. O estalido articular foi mais prevalente no grupo com epilepsia, especialmente no subgrupo leve. A crepitação e a dor articular não foram significativamente mais comuns no grupo com epilepsia.
Além disso, a deflexão da mandíbula foi mais frequente nos subgrupos com epilepsia leve e moderada. O estudo também revelou que o limiar de dor à pressão foi significativamente menor no grupo grave, indicando uma maior sensibilidade à dor nos músculos mastigatórios desses pacientes. Isso pode ser atribuído à sobrecarga articular causada pelas crises convulsivas frequentes.
Implicações Clínicas
Os achados deste estudo sugerem que a epilepsia pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de DTM. As crises convulsivas e a consequente sobrecarga articular podem levar a uma maior prevalência ou gravidade da DTM em pacientes com epilepsia. Portanto, é crucial que dentistas e neurologistas estejam cientes dessa associação para oferecer um manejo adequado e preventivo a esses pacientes.
Conclusão
Este estudo destaca a importância de uma abordagem multidisciplinar no tratamento de pacientes com epilepsia, considerando os impactos potenciais na saúde bucal e na função da ATM. A colaboração entre dentistas e neurologistas pode melhorar significativamente a qualidade de vida desses pacientes, prevenindo complicações mais graves associadas à DTM.
Referências
KÁROLYHÁZY, Katalin et al. Is temporomandibular joint involvement more frequent in patients with epilepsy? A clinical study. The Journal of Prosthetic Dentistry, 2024.
Este estudo já está incluído em nosso banco de dados, juntamente com bilhões de outras fontes de informações odontológicas. DentisTalk é um sistema de IA especializado em Odontologia, disponível diretamente no WhatsApp e totalmente baseado em evidências científicas. Clique aqui para saber mais!
A disfunção da articulação temporomandibular (DTM) é um termo que abrange alterações musculoesqueléticas na ATM. Segundo a American Academy of Craniomandibular Disorders, a DTM possui uma etiologia multifatorial, com fatores predisponentes, iniciadores e sustentadores desempenhando papéis significativos no seu desenvolvimento.
Recentemente, um estudo clínico conduzido por pesquisadores da Universidade Semmelweis, na Hungria, investigou a prevalência de DTM em pacientes com epilepsia, comparando-os com indivíduos saudáveis.
Contexto e Metodologia
A epilepsia é uma condição neurológica que pode impactar o sistema estomatognático, especialmente durante crises convulsivas, que podem sobrecarregar a dentição e a articulação temporomandibular (ATM). O estudo incluiu 107 participantes diagnosticados com epilepsia e 100 controles saudáveis. Os pacientes com epilepsia foram divididos em subgrupos de acordo com a gravidade da doença e a capacidade de manejo odontológico: leve, moderado e grave. Foram avaliados parâmetros como a abertura máxima da boca, laterotrusão, presença de crepitação e estalido, além do limiar de dor à pressão.
Resultados Principais
Os resultados indicaram que a incidência de queixas relacionadas à ATM não foi significativamente diferente entre o grupo controle (30%) e o grupo com epilepsia (33%). No entanto, o número de queixas foi significativamente maior no grupo com epilepsia. O estalido articular foi mais prevalente no grupo com epilepsia, especialmente no subgrupo leve. A crepitação e a dor articular não foram significativamente mais comuns no grupo com epilepsia.
Além disso, a deflexão da mandíbula foi mais frequente nos subgrupos com epilepsia leve e moderada. O estudo também revelou que o limiar de dor à pressão foi significativamente menor no grupo grave, indicando uma maior sensibilidade à dor nos músculos mastigatórios desses pacientes. Isso pode ser atribuído à sobrecarga articular causada pelas crises convulsivas frequentes.
Implicações Clínicas
Os achados deste estudo sugerem que a epilepsia pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de DTM. As crises convulsivas e a consequente sobrecarga articular podem levar a uma maior prevalência ou gravidade da DTM em pacientes com epilepsia. Portanto, é crucial que dentistas e neurologistas estejam cientes dessa associação para oferecer um manejo adequado e preventivo a esses pacientes.
Conclusão
Este estudo destaca a importância de uma abordagem multidisciplinar no tratamento de pacientes com epilepsia, considerando os impactos potenciais na saúde bucal e na função da ATM. A colaboração entre dentistas e neurologistas pode melhorar significativamente a qualidade de vida desses pacientes, prevenindo complicações mais graves associadas à DTM.
Referências
KÁROLYHÁZY, Katalin et al. Is temporomandibular joint involvement more frequent in patients with epilepsy? A clinical study. The Journal of Prosthetic Dentistry, 2024.
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